domingo, 8 de maio de 2016

Aí eu surtei...

E nesses quase três anos e meio que estou em Londrina venho "cozinhando" uma pessoa com muito carinho e muita paciência, fazendo ouvidos moucos, solicitando educadamente que mantenha uma postura adequada. Todos haviam me avisado que um dia sobraria para mim e eu dizia "capaz, com ele me entendo e sempre foi muito respeitoso!".
 
Não sei se é meu cansaço. Não sei se ele surtou. Não sei se as circunstâncias mudaram. Não sei se perdemos o rumo de uma história que vinha se desenrolando razoavelmente bem. Não sei se minha pauta de audiências levou ao desgaste.
 
Só sei que surtei. A pessoa surtou. E em uma situação pública foi bem complicada a conversa. Complicado o tom do conversa. Penso que chegou ao ponto de falta de respeito da pessoa e nem sei se consegui manter o meu tom de total respeito por todos que sempre procuro manter.
 
O fato é que "sobrou pra mim", exatamente como tinham me avisado desde o início.
 
Dessa forma, após uma noite em claro de sexta para sábado, depois de passar sexta-feira com uma energia ruim, pensando no acontecido, resolvi que o melhor é o afastamento até porque desconheço qual será minha reação quando outro encontro ocorrer.
 
É claro que não posso narrar exatamente o fato ou contar quem é a pessoa, mas fico pensando se tenho obrigação de aguentar esses surtos não técnicos, essas afrontas a outras pessoas na minha frente.
 
Será sensata minha atitude de afastamento ou será covardia e falta de coragem de continuar enfrentando?

3 comentários:

  1. O que seria cozinhar alguém com muito carinho???

    Eu aprendi nestes últimos anos que devemos nos atentar para o que falam. Por mais que pareça que não, que é fofoca, que não sei o quê, dá pra deixar "guardado" e cuidar pra não ocorrer a situação dita, porque o achar que "capaz" e depois se deparar com "eu avisei", é triste.

    Eu já tive situação assim que no convívio obrigatório bastava agir com minha frieza normal mas se a pessoa resolvia fazer qualquer coisa fora daquilo e tipo me ligava eu desligava e já cheguei a pedir pra não falar mais comigo pra um, dai pedem desculpas mas se perdeu o respeito, pra qualquer relação que seja, tem que procurar de novo e dai afastando da pessoa pode ser necessário até ela tomar semancol.

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  2. Três anos e meio é tempo suficiente para que alguém mude de postura. Se a teimosia o cega, o que fazer - considerando que a efetividade da ajuda depende de aceitação de quem dela precisa?

    Às vezes, o afastamento por quem quer ajudar é justo o ato necessário que faça a pessoa refletir - desencadeando nesta seu momento epifânico.

    Tentamos fazer o mundo melhor, mas pode ser que em caso específico não seja a nossa missão, mas de outro ser destinado a tal fim...

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  3. Santa paciência. Três anos é muito tempo para aguentar alguém problemático. Uma vez tive que me livrar de um encosto desses mas como não tenho paciência nenhuma foi "pá-pum" (nem um ano durou meu penar), consegui cortar todo o acesso que a pessoa tinha comigo. Alívio!!! A pessoa continua causando problemas, vai só variando a vítima conforme a necessidade. Tem gente que atrapalha mesmo. Tem gente que sente prazer nisso. Ou é alguma doença mental que não sei dizer. Não sei se é o caso. Às vezes cozinhar a pessoa causa muito mal para a gente pois é uma coisa que se protai no tempo e demanda toda uma estratégia, um cansaço que não acaba. Tempo útil perdido. Se afasta e corta todo contato, bloqueia mensagem, telefone, email, fb. Se não tiver saída (como possibilidade de zunir a pessoa para outro "canto") se limite ao encontro no ambiente em comum. Saindo dali, foge! Não é covardia! Covardia é a gente aceitar sofrer de graça.

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