segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Tempo para comer...

Observando as pessoas que por mim passam diariamente constatei tristemente que, a exemplo do que ocorre comigo, ninguém mais tem tempo para comer.

Comer mesmo que seja algo rápido. Muitas vezes no meio da manhã ou da tarde ouço comentários sobre a falta de café da manhã ou almoço. Outras vezes encontro pessoas na cantina comendo um "salgado" em substituição ao almoço e já estamos no meio da tarde. Dia desses a pessoa estava lá fazendo audiência meio pálida e perguntei o que era... falta de comer algo no almoço em razão dos horários que eram exigidos.

Isso é muito complicado! E o tempo parece que passa rápido demais, as demandas aumentam, os horários ficam apertados... o cansaço é tanto que muitos que faziam refeições em casa... já não tem mais forças por isso.

Resolvi colocar algumas balas na minha sala de audiência. Pouco saudável? Com certeza! Entretanto, a intenção é de que possa acudir alguém em um momento de hipoglicemia.

Que mundo mais louco estamos vivendo!

domingo, 23 de agosto de 2015

Sobre roupas e autoestima...

De repente, na correria do dia a dia, percebi que alguém estava também se dedicando a um mono assunto e deixando a aparência de lado. 

Aquele banho matinal onde o cabelo era cuidadosamente lavado passou a ser apenas uma rápida ducha. A maquiagem já nem passava perto, não aquela maquiagem elaborada, mas aquela que consistia em um mero batom e rímel.

Roupas sequer combinadas. Bastava uma calça qualquer com uma camiseta jogada, um sapato de qualquer jeito e um casaco que não combinava com nada.

Pensei que era hora de dizer algo, entretanto algumas outras coisinhas de relacionamento precisariam ser resolvidas. Tudo foi exposto com muita paciência e muita clareza e com todos os envolvidos.

Depois uma olhada no roupeiro da pessoa e a conclusão de que precisaríamos de uma visita no shopping ... situação sempre adiada em razão de outros compromissos da interessada.

Finalmente conseguimos ir às compras e tudo foi melhor do que esperávamos. Boas compras a preços justos e o acordo de que separaria a roupa de manhã.

Certo que roupa não é tudo, mas cuidar da aparência faz com que a pessoa se sinta melhor, tenha um porte mais altivo e uma alegria maior... e aqueles programas de tv tipo "mude meu look" ou "esquadrão da moda" mostram bem como isso acontece.

Aqui não estou deturpando tudo que eu disse até agora sobre consumo e sim falando sobre a necessidade de um consumo consciente que nos leve a sentir que estamos mais bonitas, mais arrumadas... quem não gosta de ver algo bonito?

Por isso tudo a necessidade do destralhe que também falamos muito por aqui... e das compras conscientes... ou seja, ter poucas peças de boa qualidade com bom custo benefício... 

Minimalizar o guarda-roupa leva a não perder tempo ao se vestir de manhã. Lembro que antigamente eu experimentava uma porção de roupas e ia jogando até decidir aquela que gostava. Hoje em dia qualquer roupa que está no roupeiro me faz sentir bem, certo que sobrou pouca coisa comparado com o que era antes, mas essa pouca coisa tem me ajudado muito e economizado muito tempo.

Espero que aconteça o mesmo com a pessoa que inspirou esse post e com a qual assumi o compromisso de separar a roupa do dia...

sábado, 22 de agosto de 2015

Escadas, cansaço, estresse ou mono vida...

Pois é.... doze horas de trabalho por dia para colocar o serviço em dia... trabalho no feriado de sexta até uma da manhã, acorda no outro dia às 06h00 (sábado) e trabalha até 14h00 porque dois servidores deveriam fazer esse serviço em três meses e acabei em dois dias... audiências desde fevereiro de segunda a quinta (praticamente todas) de manhã e à tarde...

Greve no meio do caminho a exigir treinamento de estagiários para manter as audiências. Trabalho em cima de dois ou três servidores que também começaram a apresentar sinais de doenças... A Quarta Vara de Londrina, de um total de oito Varas, foi a única que manteve prazos, atendimento e audiências... a que custo?

Bem, nem vamos discutir o custo porque apesar de tudo as coisas estão razoavelmente em dia... o problema todo são os efeitos em todos que permaneceram trabalhando.

Na quinta-feira, na sala de audiências desde 08h25 da manhã com intervalo para almoço na forma relatada por alguns reclamantes "o tempo para engolir uma marmita" e chegamos às 16h00... obra no prédio e o camarada começa a martelar... uma ligação para o setor responsável pela assistente de direção... liga uma serra... outra ligação informando que assim que terminarem as audiências ligamos para que recomecem a tarefa... marteladas... outra ligação... para um pouco e começam as marteladas... parte e testemunha ouvidas nessa condição... outra ligação e dali a pouco marteladas... quinta ligação e marteladas...

Chegado nesse ponto, pedi licença e saí da sala para pedir que por favor parassem para que eu pudesse terminar meu trabalho... no caminho despenquei na escada... fui até o rapaz, solicitei que parasse, subi novamente, terminei de ouvir a testemunha, encerrei a audiência, comecei a última audiência com gelo no pé e na mão... finalmente terminada a pauta, corpo esfriou e adrenalina baixou...

Mão e pé direitos desinchados, joelho esquerdo roxo... e já não conseguia respirar direito em razão da dor nas costelas quando o fazia... chama ambulância que demora meia hora para chegar... médica afirma que a respiração indica fratura de costelas e me encaminha para o hospital para fazer raio-x.

Chego no hospital e sou encaminhada na própria maca para atendimento... e meia hora e depois de o médico passar três vezes perguntando meu nome porque a ficha preenchida pela atendente - com base nos meus documentos - estava ilegível... Izabel, que havia chegado sem conseguir qualquer informação e orientada a procurar nas salas... me leva para outro hospital...

Nesse meio tempo sem qualquer medicação para dor e eu chorando e sabendo que enquanto não feito o exame não poderia tomar remédios porque os sintomas poderiam ser mascarados...

Médico me atende no outro hospital, manda a enfermeira dar injeção de tramal e, enquanto o remédio não fazia efeito, faz o exame clínico e encaminha para o raio-x...

Bem, não havia fratura de costelas... mas contusões nas costelas, na mão e pé direito, no joelho esquerdo... recomendação de mais remédios e repouso... assim, ficarei de molho (relativo é verdade!!!) até quarta para recuperação...

E a Izabel sai para a faculdade ontem à noite e um camarada, com a luz apagada, acerta a porta do carro dela... sorte que ela não se machucou... mas lá vai pegar o telefone e ter incômodo...

A lição que fica de tudo isso é que preciso repensar muitas coisas, inclusive a forma como estou vivendo, minha mono vida... minha vida voltada ao trabalho... isso porque o objetivo inicial foi alcançado e pode ser melhorado... entretanto, é preciso ter tempo para outros assuntos e outras paragens e outras felicidades...

domingo, 9 de agosto de 2015

Sobre vacas gordas e vacas magras...

Conversava hoje com minha norinha e ela perguntou qual a previsão para a crise econômica brasileira. Oito anos? perguntou ela. Respondi que pelo que tenho lido e acompanhado podemos chegar a dez anos de um período muito ruim economicamente.

A Constituição Federal estabelece reposição salarial pela inflação (veja: não é aumento salarial), é apenas reposição do poder aquisitivo, para servidores, juízes e todos os demais trabalhadores de forma anual.

Os juízes ficaram anos sem a tal reposição. As perdas chegavam a quase 40% do valor nominal dos subsídios e foi estabelecida uma reposição de 20%, sendo 5% ao ano para os próximos quatro anos. Devemos, acaso eu não me engane, estar no terceiro ano e... esses quatro anos tiveram inflação e não há qualquer previsão ou possibilidade de outras reposições.

Enfim, não estou aqui reclamando, mas quando a pessoa opta por uma carreira pública abre mão de muitas outras oportunidades. Quem assume como juiz, por exemplo, não pode ter qualquer outra atividade remunerada, exceto magistério.

Os servidores que estão em greve amargam nove anos sem qualquer reposição e todas as demais categorias através de seus sindicatos conseguem uma reposição salarial, senão integral pelo menos que não deixe os salários nove anos sem qualquer índice para repor o valor nominal.

Continuando a conversa, lembramos que todas as profissões tem épocas boas e épocas ruins, tendo ela aprendido com o pai e eu com a vida que nas ocasiões boas temos que fazer reservas para suportar as épocas ruins... mais ou menos como os insetos que armazenam a comida durante o verão para que possam aguentar o inverno.

Assim fazemos em casa... poupamos por diversas razões, para evitar gastos supérfluos e desnecessários, evitar a acumulação, facilitar a organização e limpeza, realizar sonhos, poder ter experiências diferentes em viagens, ter condições de aplicar no aprimoramento pessoal... e também para enfrentar as épocas em que a remuneração ou o mercado nos tire o poder aquisitivo.

Como você faz para se preparar para a época de "vacas magras"?

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

100% ou nada... dieta

Comecei uma dieta no dia 06 de junho. Não, obesidade sempre passou longe e quando eu falava em emagrecer as pessoas sempre riam.

O problema todo é o "peso" com o qual você se sente bem. Aquele que te permite usar certas roupas que estão "mofando" no roupeiro. O tamanho que te deixa confortável em frente ao espelho.

Somado a isso, sempre fui a "magra" da família. Minhas irmãs sempre tiveram um pouco mais de peso e uma delas terminou por "secar" por razões várias. Mudado o padrão até então estabelecido, começaram a observar que eu tinha algumas gorduras localizadas (gente! vou completar 50 anos esse ano! deixem minhas gordurinhas!) e a notar uma certa barriga.

Pois bem. Resolvi iniciar a tal dieta,  mas não ia ficar postando por aqui que comi isso ou aquilo ou que deixei de comer certo alimento.

O resultado foi muito bom. Comecei com 55,80 e no início dessa semana estava quase chegando ao ponto de a balança apontar 52,90. A felicidade foi tanta que me presenteei com milkshake da Parmalat (o novo sabor de cappuccino é simplesmente sensacional!!!), voltei a tomar um cappuccino de manhã na cantina do trabalho, fui a uma festa de aniversário e me entupi de salgadinhos, afinal era quinta... era sexta... era sábado... era domingo...

Resultado? A balança etá apontando 54,40 nesse exato momento.

Não existe meio termo para dieta. Não existe meio termo para controle financeiro. Não existe meio termo para organização.

A meta era chegar ao ponto de a balança apontar 51 quilos e alguma coisa. Cheguei perto e logo distanciei... então, a partir de agora de manhã volto ao café da manhã (fruta, pão e leite), dali duas ou três horas uma fruta ou iogurte, almoço com mais proteínas, legumes e verduras e menos carboidrato, dali duas ou três horas um suco ou fruta ou iogurte e depois um jantar bem leve sem pizza, lanche ou qualquer outro fast food... vou usar a desculpa do "hoje é tal dia" somente para o domingo.

Dois litros de água por dia...

É preciso focar e não perder o rumo.

Tem uma pessoa que trabalha comigo que é até aparentemente chata. Come certinho a cada duas horas. Almoça "alpiste". Se tem bolo de chocolate com massa de chocolate, cobertura de chocolate e recheio de chocolate no lanche da tarde... ela recusa. Parando para olhar melhor: tem que ser assim mesmo! Radicalizar para chegar onde se quer... mais ou menos como aconteceu no "ano sem compras".